domingo, 2 de dezembro de 2007

ARTE NA RUÍNA

Os inúmeros movimentos de transformação social, sejam eles radicais ou utópicos, que as últimas décadas viram surgir, tiveram, como seus principais articuladores os jovens. Isso se deve não apenas seu poder de mobilização – que não foi pequeno – mas principalmente pela natureza de suas idéias e como colocaram em circulação, pelo modo como os veicularam e pelo espaço de intervenção crítica que abriram. Não foram apenas novos atores históricos que surgiram na cena do já tumultuado debate político-cultural das últimas décadas. Com um novo discurso e uma nova prática social, esses jovens possibilitaram o exercício mais sistemático de um tipo de crítica que, até então, nunca se vira ou ouvira.

Através deste breve contexto histórico de movimentos culturais de juventude, nos possibilitará a compreender a necessidade de reviver esses momentos de contestação, de luta pela liberdade e que em outros momentos foi bravamente buscada por jovens em diversos movimentos.

Xapuri – enredada por grandes momentos históricos que abarca desde o ciclo da borracha, palco da Revolução Acreana e o surgimento de um fenômeno na luta ecologista mundial, liderada por Chico Mendes, na imensa Floresta Amazônica, e que hoje da espaço a manifestação artística da juventude que discorre neste pequeno, mas, significativo município.

A “Arte na Ruína” denominada assim, foi à antiga delegacia de Xapuri, que é envolvida num cenário; caótico, feio, desconstruido pela erosão, e que hoje abriga sonhos e aflições da juventude de Xapuri, e que teve num passado próximo, o atual governador do Estado do Acre e Chico Mendes, um de seus visitantes que encarcerados, sentiram num outro contexto a força de destruição da não liberdade.


“O ensaio surreal do grito sufocado” - Segunda manifestação – Arte na Ruína


Os caminhos foram muitos, as inquietações tremendas e solitárias, mas assim como todo rio desemboca num oceano, as andorinhas fizeram o seu ritual a favor das gotas molhadas que da continuidade a esse ciclo provocador de vidas. A sociedade Xapuriense é tomada por passos que leva o sinal da proxima apresentação; exdruxula, desfocada, desorganizada. Na real! Tudo acontece sem aquelas preocupações chatas que apaga a magia do inusitado, ao contrario do que nos proporciona as velhas e tristes formalidades. Nestes caminhos vos apresento esses seres que dominam a arte da inquietação – Jovens de Xapuri que através desta segunda apresentação, revela os segredos de se manifestar. Seus passos pouco tortuosos conduziram-os até a esse palco alternativo – assim, as esquinas, praças, igrejas e espaços diversos formaram a casa de um casulo a proteção necessária para que o ambiente dessa geração seja protegida, dando a oportunidade coletiva de se manifestar.

Há quem pense , que se manifestar é estar num estado de loucura. Mas o que é loucura perto da não manifestação? Portanto, a Arte na Ruína lança a idéia de convida-los para viver mais uma manifestação – O Ensaio Surreal do Grito Sufocado.


Dizem que somos jovens sem nos deixar ser

Nos roubam a magia de percorrer

Mas eu digo jovens que sou jovem

Mas não grite para não ser perseguido

Se não vai ter que sobreviver.

(W. San)


Não somos nomes e nem pronomes

Não quero cédulas e nem moedas

Porque querem minha desalma?

Se já não a tenho alma









quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Patrimônio histórico do Brasil

O Conselho Consultivo do Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) avalia em dezembro próximo o tombamento da Casa de Chico Mendes, em Xapuri, como patrimônio histórico do Brasil.
Parceria entre o escritório regional do Iphan e a Fundação Elias Mansour (FEM) conduz o projeto Referências Culturais de Xapuri que faz um inventário do patrimônio material e imaterial em quatro regiões: Seringal Cachoeira, Centro Histórico da Cidade de Xapuri, Bairro da Sibéria e parte da Reserva Extrativista Chico Mendes, elementos ligados ao tombamento da casa.No dia 5 de setembro do ano passado, a casa localizada no número 492 da rua Dr. Batista de Morais, no Centro de Xapuri, onde o ambientalista Chico Mendes viveu parte de sua vida, foi tombada como patrimônio histórico do Estado através do decreto governamental 15.025.Às 18h45 de 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi assassinado nessa casa. O local virou atração turística e já recebeu milhares de visitantes.
Extraído do blog Xapuri Agora

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Elenira Mendes pede União para Salvar Amazônia

Elenira Mendes, filha do ecologista Chico Mendes, assassinado em 1988, e presidente da Fundação que leva o nome de seu pai, disse que todas as pessoas "são agentes de mudança para salvar a Amazônia e as demais florestas em desmatamento".
"Falar do meio ambiente sem falar da participação da sociedade é impossível. Nossa atitude tem que mudar", afirmou Elenira em um debate sobre "O legado de Chico Mendes" do qual também participou a ministra do Meio Ambiente espanhola, Cristina Narbona. O ato, organizado pela Casa da América no marco do Festival VivAmérica, realizado em Madri, começou com a exibição de um filme sobre a luta do seringueiro Francisco Alves Mendes Filho contra a exploração desenfreada da Amazônia. Ele acabou sendo morto pelo filho de um fazendeiro.
Elenira Mendes disse que, 19 anos depois do episódio, ainda há desmatamento e falta de consciência perante um problema que afeta o mundo inteiro. Agora é ela que, com a ajuda da Fundação Chico Mendes, assumiu a responsabilidade de "dar continuidade à luta que ele não pôde concluir" e obter resultados, como os que seu pai conseguiu e como os que continuam sendo conquistados até hoje.
Segundo Elenira, o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva está fazendo esforços para salvar a floresta amazônica, mas "faltam incentivos públicos" e os que existem "não conseguem chegar a todos". "Queremos salvar a floresta amazônica, mas também queremos que seja economicamente viável", ressaltou, antes de lembrar que hoje em dia já é possível obter da floresta produtos farmacêuticos, de perfumaria e inclusive "biojóias" sem precisar destruir nada.
No entanto, a jovem afirmou que o problema do desmatamento ainda existe, e que no Brasil continua havendo assassinatos de pessoas que, como seu pai, lutam contra grandes interesses econômicos. Em resposta a uma pergunta de Narbona sobre a polêmica gerada em torno dos riscos trazidos pelo desenvolvimento dos biocombustíveis à biodiversidade, Elenira disse que parece uma polêmica "pouco realista".
"Atualmente, continua ocorrendo desmatamento para a criação de gado, pois a pecuária continua sendo muito mais rentável", afirmou. A solução para este problema, segundo ela, "passa pela conscientização social e pela adoção de políticas públicas eficazes em torno da questão ambiental".
Ela disse ainda que "há interesse e vontade" por parte das instituições públicas para enfrentar o problema, mas que as ações neste sentido "ainda são muito fracas".


EFE
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segunda-feira, 28 de maio de 2007

Instituto Chico Mendes e jovens de Xapuri realizam atividades em acampamento

Nos dias 19 e 20 de maio, O instituto Chico Mendes, realizou um acampamento em parceria com jovens; A idéia inicial do acampamento era fazer destes dois dias um momento de conhecimento e entendimento de práticas e ações na qual fosse possível desmitificar as premissas da desmobilização em torno da intervenção social; quando se trata de juventude essas premissas tomam proporções bem maiores. Entendendo que o trabalho coletivo é de fundamental importância para sobressair das dificuldades eminentes no seu dia-a-dia; surgi à idéia do acampamento em uma área rural onde o contato com a natureza, e a devastação da à noção exata da intervenção e ações praticas possíveis de conservação, de regeneração da área. Total de 15 jovens participou do acampamento e puderam nesses dois dias conhecer um pouco das possibilidades de intervenção em coletivo que pode fazer quando há um compromisso e responsabilidade. Segue algumas opiniões para dar uma visibilidade maior a essa atividade.

Elenira Mendes; Uma das bandeiras do instituto Chico Mendes, é de ampliar um espaço de atuação para com juventude e assim propiciar mais momentos de dialogo e fortalecer os trabalhos com grupos de Jovens em ações pontuadas, e viabilizando ações continua que possa ter sua intervenção eficaz diante das necessidades da população. E o acampamento serviu como palco para o processo de conquista de participação e mobilização desta união; que resultou em dois dias de atividade e de conhecimento da área e dos jovens que acamparam. A luta do meu pai sempre foi para dar a sua família e ao seu povo o direito de viver num ambiente que houvesse o respeito e o equilíbrio entre a natureza e o ser humano. E, poder estar refletindo e, em alguns momentos vivenciando na prática as possíveis maneiras de fazer com que esse respeito e equilíbrio sejam presentes em nossos dia-a-dia, é poder garantir as necessidades básicas e melhores dias para minha filha, para Xapuri, e sem pretensões bizarras, assim como para a humanidade também. Se encararmos o fato de que o nosso planeta esta em derradeira total. Acredito que o nosso comportamento passará para um novo estágio de comportamento, posicionamento e responsabilidade humanitário. Umas das responsabilidades que meu pai deixou; é que temos que nos posicionar, temos que ter espaço e poder de voz para dialogar, para negociar quando as coisas não estão bem. O acampamento como havia dito antes, foi o propulsor para que essas reflexões viessem elencar essas necessidades entre nós jovens, entre o instituto e a juventude.
João Rafael; ações como essas me faz pensar no meu futuro e, na família que quero ter. O legal de tudo é poder trabalhar em coletividade. Acredito que assim; melhores dias viram para o povo xapuriense e para todos que visitarão a nossa terra. E fico feliz em poder participar deste inicio de luta, para nós, que na verdade teve seu inicio com grandes homens e guerreiros dessa floresta assim como foi Chico Mendes. E hoje estar ao lado de sua filha (Elenira e de outros jovens) é fundamental para podermos dar continuidade a essa luta. Eu acho que outros jovens deveriam começar a participar e viver na prática esses tipos de ações. E com esse espaço o instituto Chico Mendes e jovens mobilizados, poderão fazer um trabalho de mobilização de outros jovens...
Jociclei Almeida; Vivenciar dois dias em contato direto com a natureza e se adequar as suas faces, é muito importante pra entendermos a nossa relação e, o respeito vem, porque é ali, é na prática que compreendemos e percebemos nossas necessidades. A nossa visão é completamente diferente e só é possível entender se agente conhecer e estar presente pra que de fato podermos cuidar do nosso ambiente. Por isso, nós jovens devemos participar e ter o compromisso de mobilizar a nossa sociedade, a nossa sociedade jovem, para viver na prática maneiras de preservação do nosso meio ambiente.

CondeDuc Judson; A nossa sociedade precisa dessas lideranças que mobilizam e principalmente nos jovens. Tendo um espaço pra trabalhar em coletividade, poderemos dar continuidade ao trabalho já iniciado pelo Chico e seu povo – Chico Mendes Vive! Acho, que da pra entender o porquê da frase, quando se tem o apoio e a liderança de sua Filha Elenira Mendes e dos demais jovens.
Cleodomar; Foi ótimo participar com outros jovens, dessa atividade e ter o Davi e a Elenira como parceiros, é fundamental para podermos dar continuidade à luta do Chico Mendes...
Elkelane; Adorei ter acordado, e ter como primeira vista a paisagem, ver as árvores os pássaros e sentir a brisa da manhã e poder perceber de verdade o que realmente o homem esta fazendo com a nossa natureza; árvores e animais. Portanto me sinto uma vencedora por estar nesta luta e nesta caminhada que muitos julgam impossível de acontecer mais ela vai e tem que acontecer, pois sabemos que a natureza faz parte da nossa vida. Espero que mobilizações aconteçam mais vezes e, quem já esta neste movimento possa estar puxando um e outro para esta caminhada. Tenho esperança que vamos conseguir o que queremos, com muita luta e perseverança...

sábado, 19 de maio de 2007

O QUE É PERMACULTURA

Permacultura é uma síntese das práticas agrícolas tradicionais com idéias inovadoras. Unindo o conhecimento secular às descobertas da ciência moderna, proporciona o desenvolvimento integrado da propriedade rural de forma viável e segura para o agricultor familiar. 0 projeto permacultural envolve o planejamento, a implantação e a manutenção conscientes de ecossistemas produtivos que tenham a diversidade, a estabilidade e a resistência dos ecossistemas naturais. Ele resulta na integração harmoniosa entre as pessoas e a paisagem, provendo alimentação, energia e habitação, entre outras necessidades materiais e não -materiais, de forma sustentável.
A palavra PERMACULTURA ainda não existe nos dicionários brasileiros. Ela foi inventada por Bill Mollison para descrever essa transformação, da agricultura convencional em uma Permanente agricultura. Como campo de trabalho, a Permacultura é uma carreira reconhecida internacionalmente, em várias instituições de ensino superior. Apesar disso, não é um campo de "especialização" e, sim, de "generalização". 0 permacultor utiliza conhecimentos de muitas áreas para fazer sua análise e tomar suas decisões.

QUANDO SURGIU?
A Permacultura foi desenvolvida no começo dos anos 70 pelos australianos Bili Mollison e David Holmgren, como uma síntese das culturas ancestrais sobreviventes com os conhecimentos da ciência moderna. A partir de então, passou a ser difundida na Austrália, considerando que, naquele país, a agricultura convencional já estava em decadência adiantada, mostrando sinais de degradação ambiental e perda de recursos naturais irrecuperáveis. Na verdade, em situação muito similar à do Brasil de hoje. Desde então, os inúmeros casos de sucesso na aplicação da Permacultura têm provado ser, ela, uma solução viável não somente para a Austrália, como para todo o Planeta. Os conceitos de agricultura permanente começaram a ser expandidos como uma cultura permanente, envolvendo fatores sociais, econômicos e sanitários para desenvolver uma verdadeira disciplina holística de organização de sistemas. Hoje, existem institutos de Permacultura em todos os continentes, em mais de cem nações. Diversos países, como o Brasil, vêm adotando a Permacultura como metodologia agrícola e, até mesmo, escolas de todos os níveis estão incluindo a Permacultura no seu currículo básico.

POR QUE PERMACULTURA?
0 Planeta Terra encontra-se em um momento crítico. Apesar da evolução rápida das tecnologias existentes, os nossos sistemas naturais estão em crise. Por toda a parte, constata-se a degradação ambiental em diversas formas. 0 mundo perde bilhões de toneladas de solos férteis, anualmente. Os desertos continuam crescendo a uma velocidade ameaçadora. 0 abastecimento de energia e água potável para o futuro próximo está ameaçado, além de outros problemas generalizados que continuam se agravando, como as mudanças climáticas recentes ocasionadas pelo impacto do nosso consumo excessivo de combustíveis fósseis.
No Brasil, a família rural é carente de informações e de recursos para sobreviver sustentavelmente, com o conseqüente êxodo rural que, por sua vez, tem repercussão na qualidade de vida nas zonas urbanas. Precisamos trazer soluções práticas para a pessoa do campo. Soluções que venham de encontro às realidades culturais, sociais e ambientais de cada região. Soluções sistêmicas, acessíveis e simples, que tragam segurança à família e um potencial de desenvolvimento humano sustentável.
A Permacultura se adapta a transições lentas ou rápidas. Você pode começar lentamente, utilizando uma pequena parcela de terra, e os recursos disponíveis localmente, ou transformar toda a propriedade, de uma só vez, de acordo com suas condições financeiras e a quantidade de ajuda com que você pode contar. Não esquecendo o auxílio que a natureza oferece, quando começamos a colaborar com ela. Integrando todos os aspectos da sobrevivência e da existência de comunidades humanas, a Permacultura é muito mais do que agricultura ecológica ou orgânica, englobando Economia, Ética, sistemas de captação e tratamento de água, tecnologia solar e bioarquitetura. Ela é uma sistema holístico de planejamento da nossa permanência no Planeta Terra.


A ÉTICA DA PERMACULTURA
Para realizar a Permacultura, é necessário adotar uma ética específica de sustentabilidade que exija um repensar dos nossos hábitos de consumo e dos nossos valores, em geral. Os pontos fundamentais são definidos assim:
· 0 cuidado com o planeta Terra - Esta é uma afirmação simples e profunda, com o intuito de guiar nossas ações para a preservação de todos os sistemas vivos, de forma a continuarem indefinidamente no futuro. Isso pressupõe uma valorização de tudo o que é vivo e de todos os processos naturais. A árvore tem valor intrínseco, é valiosa para nós, não somente pela madeira ou pelos frutos. porque é viva e realiza um trabalho que proporciona a continuidade da vida no Planeta. Assim, também têm valor a água, os animais, o solo e toda a complexidade de relações entre organismos vivos e minerais existentes na Terra.
· 0 cuidado com as pessoas - 0 impacto do ser humano no Planeta Terra é, sem dúvida, o mais marcante. Portanto, a qualidade da vida humana é um fator essencial no desenvolvimento de estratégias de sobrevivência.
Somos mais de cinco bilhões habitando % da superfície terrestre. Assim, se pudermos garantir o acesso aos recursos básicos necessários à existência, reduziremos a necessidade de consumir recursos não-renováveis. Portanto, os sistemas que planejarmos devem, prover suas necessidades de materiais e energia, como, também, as necessidades daquelas pessoas que neles habitam.
· Distribuição dos excedentes - Sabemos que um sistema bem planejado tem condições de alcançar uma produtividade altíssima, produzindo assim um excesso de recursos. Portanto, devemos criar métodos de distribuição equitativos, garantindo o acesso aos recursos a todos que deles necessitam, sem a intervenção de sistemas desiguais de comércio ou acumulação de riqueza de forma imoral. Qualquer pessoa, instituição ou nação que acumule riqueza ao custo do empobrecimento de outras está diminuindo a expectativa de sustentabilidade da sociedade humana.
· Limites ao consumo - Isso requer um repensar de valores, um replanejamento dos nossos hábitos e uma redefinição dos conceitos de qualidade de vida. Alimento saudável, água limpa e abrigo existem em abundância na natureza; basta que com ela cooperemos.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Xapuri Debate o Turismo

Empresários, autoridades do Estado e do município, lideranças comunitárias e envolvidos com a questão do turismo reuniram-se na noite desta quarta-feira no auditório da Associação Comercial de Xapuri para debater ações em favor do turismo na região. Após a apresentação do plano estadual pelo secretário de Turismo, Cassiano Marques, os participantes se comprometeram em adotar atitudes práticas para o fortalecimento da atividade, entre elas –e em caráter o mais breve possível –reativar o centro de atendimento ao turista e criar, no âmbito da Associação Comercial, um comitê para gerenciamento das políticas de turismo.
O Governo do Acre vê na atividade uma grande possibilidade de geração de riqueza e trabalho com valorização cultural. Até 2010, apenas em programas de fortalecimento, serão investidos R$46 milhões. Parte desses recursos estão assegurados. O encontro contou com a presença de pelo menos quarenta pessoas, entre eles três técnicos em ecoturismo e um representante da Secretaria Municipal de Turismo. O consultor Lauro Santos, do Sebrae, abriu o evento ministrando a palestra ¨qualidade no atendimento ao turista¨, uma reflexão sobre o que os envolvidos podem aplicar em sua rotina de trabalho com turismo. A qualidade, citou o palestrante, não custa dinheiro mas produtos desprovidos de qualidade esses custam dinheiro. ¨E qualidade é um conjunto de características de produto ou serviço que supera expectativas de satisfação das pessoas envolvidas¨, explicou. ¨É a ausência de defeito¨.Há princípios estratégicos para atender com excelência ao turista: apresentar-se de maneira simpática, saber ouvir, entrevista-lo, ter à mão todo o material turístico da região, inovar na apresentação e demonstrar segurança, buscar melhorar continuamente a forma de atender, transparecer orgulho e patriotismo por sua nação, usar e abusar do ´muito obrigado´, garantir qualidade e nunca aceitar a reincidência da falha, entre outros. ¨Para desenvolvermos o turista no Acre temos sempre que buscar a excelência no atendimento¨, completou Santos, cuja palestra pode ser solicitada pelo endereço lauro.ac.sebrae.com.br.Chico Mendes: mundo conhece – Para Cassiano Marques, Xapuri possui vários atrativos que se destacam: é o berço da luta ambiental de Chico Mendes, nome reconhecido em qualquer parte do mundo. Há indicativos de que se trata do segundo nome mais conhecido na Amazônia fora esse mesmo nome –e isto é um fato: de acordo com a Fundação Chico Mendes, apenas de janeiro deste ano até os dias atuais Xapuri já recebeu a visita de mais de três mil turistas, número altamente expressivo e que confirmam que a história da região atrai o interesse do mundo inteiro. A minissérie ´Amazônia´, encerrada há cerca de um mês, levou a heróica vida de Chico Mendes e a trajetória do Estado do Acre ao país todo, o que incentiva novas ações pelo turismo.


PLANO PARA XAPURI

O plano para o turismo em Xapuri prevê um conjunto de ações e políticas que vão da contribuição para o empoderamento da comunidade empresarial à criação de rotas estratégicas, como ´Caminhos dos Sabores´. Veja o que se pretende desenvolver naquela região:
-Realizar e apoiar atividades que contribuam para o empoderamento da comunidade empresarial do município de Xapuri-Fortalecer a comunidade empresarial do município de Xapuri-Inaugurar Pousada do Cachoeira com atividades turísticas em funcionamento-Ter estrutura receptiva adequada para a recepção de turistas np Seringal Cachoeira-Reabrir o Centro de Atendimento ao Turista e de comercialização do artesanato-Prestar informações turísticas em Xapuri e incrementar vendas de artesanato local-Implantar sinalização de orientação turística (três rotas)-Facilitar a identificação para o acesso de turistas e visitantes aos atrativos turísticos das rotas acreanas-Disponibilizar assessoria técnica a micro e pequenas empresas formais e informais-Qualificar micro e pequenos empreendimentos comerciais ao longo das rotas turísticas como forma de agregar valor as rotas existentes-Realizar diagnóstico da demanda turística-Implementar atrativos turísticos estratégicos: "geoglifos“-Possibilitar a visualização/visitação dos sítios arqueológicos com estrutura de barro, os "geoglifos", como atrativo turístico-Implementar atrativos turísticos estratégicos: "Caminhos dos Sabores“-Promover e divulgar a gastronomia acreana (doce e salgada) como atrativo turístico: festival da castanha, do peixe e etc-Implementar atrativos turísticos estratégicos: "Caminhos do misticismo e religiões amazônicas“-Divulgar os centros religiosos daimistas e as festividades religiosas do Acre (amazônicas) como atrativo turístico-Implementar atrativos turísticos estratégicos: "Caminhos da Produção Sustentável“-Divulgar o modelo de desenvolvimento sustentável do Estado do Acre como atrativo turístico, através de Parcerias Público Privada e Comunitária dessas empresas, com destaque para a participação das comunidades nos empreendimentos-Implementar o certificado de qualidade dos serviços turísticos-Criar condições para que os serviços turísticos sejam oferecidos com qualidade e segurança aos turistas e visitantes-Qualificar e capacitar profissionais associados ou envolvidos com a atividade turística-Prestar melhor atendimento ao segmento turístico.


NÚMEROS
800mil reais é o valor estimado para investimentos em sinalização turística na Rota do Pacífico.
300milhões de reais é a receita anual prevista com a indústria do turismo em seu ápice, quando as políticas propostas estiverem implementadas.

(Matéria publicada no site do governo www.ac.gov.br)

quinta-feira, 1 de março de 2007

Entenda o processo de gestão de florestas públicas
O projeto de Lei de Gestão de Florestas Públicas regulariza o uso sustentável das florestas públicas brasileiras e cria o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) estima que, em dez anos, a área máxima total sob concessão planejada seja de 13 milhões de hectares (cerca de 3% da área da Amazônia), com uma receita anual direta (taxas pagas pelo uso do recurso florestal) de R$ 187 milhões e uma arrecadação de impostos em torno de R$ 1,9 bilhões anuais. Com isso, 140 mil empregos diretos podem ser criados.
No PL, há três formas definidas de gestão das florestas públicas: criação de unidades de conservação que permitem a produção florestal sustentável, como as Florestas Nacionais; a destinação para uso comunitário, como assentamentos florestais, reservas extrativistas, áreas quilombolas e outros; e as concessões florestais pagas, baseadas em processo de licitação pública. Segundo o MMA, o mecanismo de concessão só é aplicado em uma determinada região após a definição das unidades de conservação e das áreas destinadas ao uso comunitário.
Para haver a concessão, algumas passos são determinantes, entre eles a inclusão das florestas no Cadastro Nacional de Florestas Públicas e a preparação do Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF) que define as áreas que poderão ser objeto de concessão – ele passa por consulta pública.
Após a aprovação do plano, cada área será estudada e dividida em unidades de manejo para a licitação. Toda área florestal, submetida à licitação, terá unidades de manejo pequenas, médias e grandes, que visam garantir o acesso dos pequenos, médios e grandes produtores. Antes da licitação, as unidades de manejo deverão ter autorização prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão que garante se essas áreas estão aptas para o manejo florestal.
Segundo o ministério, as concessões não implicam em qualquer direito de domínio ou posse das áreas florestais. Somente poderão fazer licitações as empresas e organizações constituídas no Brasil. As concessões, segundo os critérios do PL, apenas autorizam o manejo para exploração de produtos e serviços da floresta.
Os contratos de concessão serão estabelecidos por prazos de até 40 anos dependendo do manejo. O prazo estará definido no edital de licitação. Após a assinatura do contrato, os vencedores da licitação deverão preparar um plano de manejo florestal sustentável, que deverá ser apresentado ao Ibama para aprovação antes do início das operações. Ao final de cinco anos da aplicação da lei, será realizada uma avaliação geral do sistema de concessões.
O monitoramento e a fiscalização das concessões contarão com três frentes. O Ibama fará a fiscalização ambiental da implementação do plano de manejo florestal sustentável. O Serviço Florestal Brasileiro fará a fiscalização do cumprimento dos contratos de concessão. E, em terceiro, será obrigatória uma auditoria independente das práticas florestais, no mínimo a cada três anos.
Além de ser o órgão gestor do sistema de gestão de florestas públicas, o Serviço Florestal Brasileiro acumula a função de fomentar o desenvolvimento florestal sustentável no Brasil e de gerir o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal. Ele será um órgão autônomo da administração direta, dentro estrutura do Ministério do Meio Ambiente.
Com a criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), há a previsão de que até 20% receita da concessão de florestas seja para os custos do sistema de concessão, incluindo recursos para o Serviço Florestal Brasileiro e para o Ibama. A outra parte da arrecadação, 80%, seja dividida em 30% para os estados onde se localiza a floresta pública, 30% para municípios e 40% para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal.
No caso das Florestas Nacionais (unidades de conservação), 40% dos recursos são destinados ao Ibama, como gestor da unidade de conservação. O restante será dividido igualmente entre estados, municípios e o FNDF.O fundo poderá ser usado para promover

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Rio Acre Vivo

A discussão a respeito do uso racional da água doce no mundo é um tema cada vez mais debatido no meio científico, porém, para a maioria da população parece inimaginável que um recurso de tamanha abundância se esgote.
Para nós acreanos essa discussão parece está muito distante diante da realidade de gente que vive cercada de rios caudalosos e de constantes e torrenciais chuvas de inverno. Porém dados nada animadores apontam para uma escassez de água potável, sobretudo devido ao comprometimento do volume das águas do rio acre no período de estiagem; Segundo o professor da Universidade Federal do Acre, Claudemir Mesquita, o rio acre sofre com o constante assoriamento, acarretado principalmente pelo desmate das matas ciliares, e ainda o desperdício de água que vai desde a captação até os domicílios representando 30% de toda água retirada dos mananciais; Outro dado importante é que o rio acre na época de menor vazão tem capacidade de ofertar 1.209.600 m³/dia, e estimativas apontam que o abastecimento das cidades de Rio Branco, Xapuri, Brasiléia e Porto Acre, será de 1.600.000 m³/dia, sendo assim concluimos que em breve o rio acre, no período de estiagem, não terá condições de suprir a necessidade de água potável no Vale do acre.
Diante dessa problemática é que devemos cobrar dos poderes públicos, politicas voltadas ao controle da degradação das margens dos rios, assim como campanhas e ações constantes envolvendo toda a sociedade civil organizada num esforço mútuo em defesa do nosso rio.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Instituto Chico Mendes instala Tele-centro

Começa a funcionar em Xapuri no mês de Março o mais novo ponto da Comunidade Digital do Governo Federal. O GESAC como é conhecido esse programa, tem pontos de presença espalhados em todo o país e tem como objetivo garantir o acesso da comunidade à internet de forma fácil, rápida e o que é melhor de graça, bastando para isso que o individuo agende um horário para acessar. Segundo a coordenadora do Instituto Elenira Mendes, responsável pelo ponto, o GESAC funcionará de domingo à segunda e atenderá além da comunidade em geral, toda a rede de ensino do municipio "Aqui os alunos poderão realizar seus trabalhos e os professores fazerem suas pesquisas". O tele-centro funcionará no prédio do Instituto Chico Mendes na rua Pio nazário, e já conta com toda a infraestrutura montada 05 computadores, impressora e equipe de instrutores que passarão por um treinamento para poderem atender o público com qualidade.